O Sal: Indispensável à vida e motivo de revoluções.

“Deve haver algo de extremamente sagrado no Sal; está em nossas lágrimas e no mar.”

A história do Sal inicia no momento em que o homem descobre as suas vantagens e começa a utilizá-lo na conservação dos alimentos.

Importante para todas as espécies vivas e para o ser humano a sua carência pode até levar a morte. Em sua evolução milenar cada uma das espécies vivas, plantas, peixes e moluscos foram adaptando-se ao meio ambiente e a diversidade das taxas de salinidade. O Sal é um dos pilares das revoluções neolíticas e de todas as civilizações.

Embora abundante no planeta a sua extração é dispendiosa e ao longo da história foi objeto do roubo e do contrabando. Na Roma antiga os soldados recebiam seus soldos em gramas de Sal advindo daí o termo “salário”.

“Sois o sal da terra... disse Jesus em Mateus, 5:13”

A civilização de Hallstatt na primeira idade do ferro encontrava se na região austríaca de Salzkammergut; não por acaso uma zona rica em Sal, com evidências de sua exploração mineira  desde os anos 1300 anterior à era cristã.

Ao longo dos tempos com as caravanas e migrações humanas o Sal foi espalhado pelo mundo e em razão do seu valor, motivo da cobiça e de guerras.

Em 1789 um dos objetivos de revolucionários ( DE???) era a supressão dos impostos sobre o comércio e utilização do Sal. Em 1648 o Tzar da Rússia pretende instaurar o imposto sobre o Sal motivando uma grande revolta em todo o império.

Na índia, já nos anos trinta dos século passado, Ghandi liderou a Marcha do Sal ou a Satyagraha, ato de protesto contra o poder dominador britânico que proibia a extração do Sal pelos nativos indianos.

No dia 12 de março de 1930 Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram uma marcha de protesto em direção ao litoral. Ao longo da caminhada de 400 km, após 25 dias Gandhi, depois de banhar se, segundo ritual sagrado Indiano, Gandhi apanhou um punhado de sal a beira mar e seu gesto foi seguindo pelos milhares de indianos presentes. Em resposta os Britânicos prenderam mais de 50 mil pessoas e o próprio Gandhi.

A Pimenta.

“A luxúria é como a Pimenta, não se tolera senão em pequenas doses;” (Luis Sebástian Mercier).

As Pimentas fazem parte do alimento do homem americano há 9500 anos. Registros arqueológicos de mais de 6000 anos, encontrados no sudoeste do Equador indicam a sua “domesticação”  pelos povos habitantes da região. Tudo indica serem as primeiras plantas cultivadas nas Américas do Sul e Central.

Séculos depois Cristovão Colombo apresenta às cortes portuguesas ( espanholas???) mencionando o uso medicinal da Pimenta. Muito provavelmente os próprios portugueses foram os responsáveis pelo espalhamento desta planta por terras asiáticas.

A Pimenta é um condimento destinado a ressaltar os sabores dos alimentos, principalmente na preparação de molhos e saladas.  Nos países tropicais é utilizada, na tradição culinária como um condimento de base, não apenas pelo sabor, más também pelo seu efeito bactericida, útil na redução de infecções.

 Em muitos países a Pimenta é utilizada na medicina tradicional. É muito rica em vitamina A, contém vitamina C, magnésio e, principalmente, ferro. O seu princípio ativo, a capsaína estimula as mucosas do aparelho digestivo e no clima quente facilita da transpiração da pele.

Na medicina moderna a capsaína também é utilizada na elaboração de remédios para combater dores, desordens respiratórias e artrites.

Inexistem, hoje, culinárias no mundo que não empregam a Pimenta, sejam as doces ou picantes, em suas diferentes versões; em grãos, moída e líquida.

Para países como a Índia, Cambodia e Vietnam o comércio da Pimenta é uma importante fonte de renda e de divisas de exportação e as melhores pimentas são cotadas em centenas de dólares americanos o quilo.

Quem não gosta do molho italiano “arrabiata”, originado, em verdade na Ásia?

Quem não se arriscou em um tahine argelino?

Quem não ouviu o termo: uma linda mulher com sal e pimenta?

A Canela, esta conhecida do passado...

Houve tempos em Sri Lanka – o Ceilão dos ingleses - que somente aos Salgamas era permitido o direito de possui las; outros povos eram condenados a morte pelo seu simples transporte.

Os Salgamas, casta da Ilha de Sri Lanka, moradores das regiões de Hikkaduwa e Balapitiya, cuidavam da planta considerada mágica e misteriosa pela tradição e história da ilha. Entendiam como um segredo a ser guardado e protegiam a Canela da cobiça de outros povos, vizinhos e dos exploradores estrangeiros, ingleses, holandeses e portugueses.

Originária das florestas de Sri Lanka esta árvore pode atingir a 15 metros de altura sendo, atualmente, cultivada na índia, em Java, em Seychelles, em Madagascar, nas Antilhas e no Brasil, fazem parte da literatura destes países por suas qualidades terapêuticas.

A Canela é leve e de suave cor amarelada podendo chegar aos tons marrons, perfumada e instigante... uma  janela para a imaginação. Eram colhidas na primavera, nos dias chuvosos e pela manhã e nos templos Indus era associada à dança e ao sexo, artes, então, consagrada aos Deuses. Com a água de canela, as bailarinas tingiam as suas vestes que exalavam aromas e sedutores de príncipes e soberanos.

Perguntam sobre os benefícios da Canela? Respondo que são muitos. Sugerimos uma pesquisa em   ????.

Nossos Amuletos nascem com Canela... que eles inspirem vocês.

Em breve.

Em breve.

AVEIA :
UMA HISTORIA DAS VOVÓS CORRENDO

Quem não lembra da vovó correndo atrás das crianças e falando (ou gritando): AVEIA, AVEIA, AVEIA!!

Bom... eu me lembro.

Lembro da aveia com água, aveia com leite, aveia com frutas, aveia com leite e frutas, aveia com sal e sem sal, aveia com creme de leite, aveia com alguma coisa parecida com o musli de hoje, aveia com gema de ovo, aveia, aveia, aveia...

As avós falavam que a aveia era boa para a saúde, e por algum motivo, lembro também que as crianças não gostavam de aveia.

Aquele homenzinho sério da aveia QUAKER não era um homenzinho simpático... Será por isso?

Seja como for, as crianças não queriam comer aveia.
A tempo passou e aprendemos algumas coisas.

A aveia está presente na alimentação humana desde a idade do bronze, quando o homem possuía poucas coisas para comer.

Os Romanos levaram a aveia para a Inglaterra, onde se torna popular como comida para gados e cavalos...

Ahhh...era por isso que não queríamos comer aveia quando crianças?

Talvez.

O fato é que logo descobrem que aveia é também boa para o ser humano e começam a preparar os famosos mingaus, coisa tão britânica que, atualmente, parece legal comer aveia.

Mas eu lembro que as crianças não queriam aveia.

O tempo passou e aquele homenzinho da QUAKER continua colocando aveia em nossas mesas. No pós guerra, foi um pouco esquecido e hoje, novamente: AVEIA.

O que diria minha avó se soubesse que estou tão contente de colocar AVEIA nas minhas receitas?

Cartamente, vocês já sabem o que minha avó diria:

Eu te disse, eu te disse!

O fato é que fico feliz de ter entendido em tempo de contar para vocês como a vovó tinha razão (ela estava certa).

A minha avó, a sua avó e quase todas as vovós estavam certas.

Além do mais, hoje, reconheço que pode ser deliciosa nas suas diferentes versões.

Nos AMULETOS, a AVEIA está em sua forma mais pura e simples para não perder nada: FARINHA DE AVEIA.

Pegamos o grão, moemos e levamos para os AMULETOS.

Graças à singular forma das raízes da AVEIA, ela tira da terra nutrientes que nem todos os cereais podem tirar.

Será que podemos dizer que a natureza conspirou à favor das vovós?

Todas as virtudes da AVEIA - o cereal das vovós - você encontra em muitos lugares. Mas se posso dizer algo sobre ela, é que além de delicioso, ela contém muito cálcio, ferro, proteínas, vitaminas, carboidratos e fibras.

Fico me perguntando: CLAUDE MONET, que pintou, entre outras maravilhas o CHAMP D'AVOINE (Campo de Aveia), terá também lembrado de sua avó correndo atrás dele com um prato de AVEIA nas mãos?

Em breve.

Em breve.